O Diabo Chega a Caxias do Sul
Pesquisando sobre o metodismo no Rio Grande do Sul, como também no que foi a Região Eclesiástica do Sul, que incluía também os Estados de Sta. Catarina e Paraná, deparei com alguns fatos um tanto quanto curiosos, que achei por bem compartilhar com os leitores.
Em 1916 o jovem pastor Adolpho Ungaretti foi nomeado para o Circuito de Caxias do Sul. que era então uma colônia Italiana, onde o vigário assumia o governo religioso e civil. Este, ao saber da chegada do pastor metodista, determinou, por ocasião da missa, que ninguém alugasse casa para o "diabo" e que nem falassem com ele, pois cuspia fogo, cobria os chifres com chapéu e escondia o rabo debaixo do casaco.
O pastor Ungaretti hospedou-se, com a esposa e as duas filhas, na casa do único crente da localidade, Rozalino Colombo, um sapateiro. Logo ambos saíram a convidar as pessoas para o primeiro culto, que seria na casa em que a família estava hospedada.
Na noite aprazada para a reunião, ninguém aparecia, então começaram a orar. Em dado momento ouviram barulho na rua. Adolpho foi à janela ver o que ocorria. Uma multidão, silenciosa, estava em frente à casa. (?? para ver e ouvir o diabo ??). Adolpho não teve dúvida, abriu a janela e dali passou a pregar, em italiano, ressaltando o amor de Deus como revelado na pessoa, vida e ensinos de Cristo. A medida que falava, muitos diziam: "É véro! É véro!" (é verdade!).
OBS. Compilado de um texto produzido pelo Rev. Erasmo Ungaretrti sobre a vida de seu pai, o Rev. Adolpho Melchior Ungarettti